A célula de câncer que vai nos dar o segredo da vida eterna

HeLa, A Célula humana imortal!

Ah, a imortalidade, almejada por muitos, acredite, ela já foi encontrada pelo ser humano, pelo menos por uma parte dele, e pasmem, foi obtida graças a um Câncer.

Bom, agora vamos explicar exatamente do que se trata.
Conhecida por HeLa, é uma linha de células humanas imortais (Podem morrer se expostas a fatores malignos) coletadas de um Câncer Cervical da Sra. Henrietta Lacks pouco antes de seu falecimento, no dia 8 de fevereiro de 1951, HeLa é inclusive a abreviação do nome da hospedeira, Henrietta Lacks.

Henrietta Lacks
A Condição de Imortais também é algo discutido, uma vez que elas de fato tem um “Ciclo de vida”, mas o fato é que diferente de outras células vivas no reino dos seres vivos, elas podem se reproduzir infinitamente, sem nunca chegar ao fim do ciclo reprodutivo, isso enquanto encontrarem condições adequadas para tal como nutrição, temperatura, etc...

Mantida viva em condições laboratoriais e propagada pelo Dr. George Otto Gey (que também desenvolveu a metodologia de conservação da célula), se tornou a primeira de uma linha de células humanas amplamente utilizadas para pesquisa e desenvolvimento da medicina em campos que variam de vacinas, pesquisa genética a tratamentos contra o câncer por exemplo.
As primeiras vacinas da Poliomielite, por exemplo, foram amplamente testadas nas células HeLa, pesquisas para cura de AIDS, cânceres diversos, efeitos da radiação em tecidos humanos, enfim, uma infinidade de fins são dados as células HeLa, que possibilitaram pesquisas perigosas e modernas sem a utilização de cobaias humanas.

Na época de sua coleta, materiais descartados (como as amostras iniciais por exemplo) eram de propriedade do médico e da instituição que este representa, hoje, porém, por questões éticas e morais estes usos costumam requerer pelo menos uma autorização do paciente em vida.

Por fim, são amplamente utilizadas em pesquisas que buscam aumentar a longevidade humana, visto que este é um processo e uma meta para a espécie humana a muitas gerações, e que de certa forma e por acidente, só conseguiu ser alcançado por Henrietta, ou pelo menos uma pequena parte dela.

Curiosidade: Uma nova vida


Curiosamente, as células HeLa passaram recentemente a ser consideradas uma “nova forma de vida” devido a sua imensa capacidade de reprodução (O que se provou um problema em alguns laboratórios, contaminando outras amostras inclusive) e seu grande número de estruturas não humanas (no caso, estruturas biológicas diferentes das encontradas em células exclusivamente humanas), recebendo até um nome para si,  Helacyton gartleri é como  Leigh Van Valen a batizou.
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